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18 setembro, 2013

Obrigada pelos bons tempos



    Obrigada pelas cervejas divididas nos bares de esquina que você me levava. E pelas noites nos motéis baratos em que me abraçava e jurava que nunca iria partir. Obrigada pelos rolês errados e pelas noites certeiras em que nós não fazíamos nada, mas parecíamos mais felizes do que qualquer outro dia. Obrigada por te me apresentado seus amigos e ter me deixado fazer parte da sua vida mesmo quando você já sabia, no fundo, que eu não duraria muito tempo.

   Obrigada por ter me feito sentir especial. Por ter aumentado meu ego. Por ter me acompanhado nos jantares de família, nos aniversários dos meus amigos e nas datas comemorativas que diziam que você deveria me amar. Obrigada pelas flores, mesmo que elas tenham morrido junto com todas as suas juras de um futuro que nunca chegou. Obrigada pelo amor que você nunca me deu de verdade.

    Obrigada pelas risadas. Pelas tardes de domingo na sua casa, pelas segundas-feiras em que ficamos deitados no meu sofá. Obrigada pelos planos que não deram certo e pelas noites sem planos que acabaram na sua cama. Obrigada por ter me levado às alturas e por ter me jogado no chão sem paraquedas ou cama elástica lá embaixo.

    Obrigada pelas pingas que me deu para experimentar. Pelos jogos de futebol que me fez assistir. E pelas peças de teatro que me levou. Obrigada pelo show da minha banda preferida. Por ter me aguentado gritando e desejando aquele homem em cima do palco mil vezes mais bonito do que você. E obrigada por ter me feito acreditar que não importava que ele tivesse mais beleza, você ainda era melhor que ele. (Quando, na verdade, não era).

    Obrigada por ter cuidado de mim nos meus porres. Por ter me levado ao hospital por causa de qualquer gripe besta. E por ter entendido meu mau humor na TPM. Obrigada pelos remédios de cólica que comprou, sabendo como eu sofria com tudo isso. E obrigada por ter se importado quando eu quase morri do coração achando que tinha engravidado.

    Obrigada por ter sido o melhor pior namorado do mundo. Por ter fingido tão bem, a ponto de me fazer imaginar uma vida toda ao seu lado, com cachorros, filhos e uma casa com churrasqueira. Obrigada por ter tentado, mesmo enquanto seu íntimo te pedia para correr e buscar qualquer outra coisa (ou pessoa) que não fosse eu. Obrigada por ter tentado fazer as coisas da melhor forma, mesmo que você tenha acabado da pior forma possível. Obrigada por ter me traído.

    Obrigada por ter pedido desculpas. E por ter mentido dizendo que se importava com o meu coração partido. Obrigada por ter dito que não havia outra pessoa. E obrigada também por ter desfilado com ela tão cedo por aí. Obrigada por ter me ensinado um pouco mais sobre o amor e, ainda mais, sobre o desamor. Obrigada por ter ficado e, principalmente, por ter ido. Te agradeço mesmo, do fundo do meu coração, por ter batido a porta e me deixado destroçada entre os pedaços do nosso passado. Porque ainda que tenha doído, você me fez o favor de me arrancar da ilusão de algo que nunca foi. Então, amor, obrigada. Pelo gran finale dos nossos bons tempos: ter me livrado de você


Texto escrito pela colunista Érica Maria

11 setembro, 2013

Tem lugar para você



Não sei se o mundo é bom
Mas ele está melhor
desde que você chegou
E perguntou:

Tem lugar pra mim?
(Espatódea - Nando Reis)



    Você pode ficar no sofá. Foi a primeira coisa que eu disse quando você chegou de mala e cuia, sem planos e sem luz no fim do túnel. Pode se ajeitar ali, cabe mais um. Eu deveria saber que você não era dessas pessoas que exigem pouco. Seus olhos diziam isso, nos dias que passaram, enquanto eu me apaixonava mais e mais. Você queria tudo. E então, quando você deveria ir, a palavra fugiu dos meus lábios sem que meu cérebro pudesse analisar o que aquele pedido significaria e eu disse: fica.

    Fica porque eu gostei da sensação de ter para quem voltar. Porque seu rosto se ilumina quando eu abro a porta e chego do trabalho. E o mundo fica menos insuportável quando eu vejo seu sorriso de alívio por não ter mais que se preocupar comigo do lado de fora da porta. Fica porque você foi meu melhor amigo durante anos e isso deve ter lá seu valor em um relacionamento como o nosso. E ninguém no mundo, hoje, me conhece melhor do que você.

    Fica porque eu nunca me joguei tanto assim em uma história sem futuro. Nem nunca fiquei sem medo de me arriscar e pedir para alguém ficar. Fica porque você me traz paz. E para alguém que cresceu em meio ao caos um pouco de calma é sempre válido. Fica porque eu sei que eu represento um pouco de tudo isso para você também. Não é?

    Ou fica por ficar. Fica porque depois de você o resto perdeu o sentido. E eu não sei mais como era encarar a vida na solidão desesperada de quem não tem um colo para voltar. Fica. Eu juro que eu vou fazer de tudo para não te perder. Mas fica. Porque, hoje eu sei, meu mundo não teria razão se não fosse...você.



(E você ficou).

06 setembro, 2013

Processo de Criação de um Blog

Primeiro, nasce a ideia.


Linda e entusiasmada, ela se alastra pela alma do pobre mortal; e o cara percebe que só vai voltar a ser feliz no dia em que tirar a ideia do papel. E assim um bebê blog vem a mundo.


Depois vem o entusiasmo.


São os primeiros passos do blog; o blogueiro sente vontade fazer umas cinquenta postagens por dia. Visita todos os blogs possíveis, comentando e divulgando o seu espaço. Procura mil parcerias e checa todos os dias sua caixa de e-mail à procura de respostas. E faz uma festa a cada novo comentário para suas postagens.


Chegam os primeiros sucessos.


Nesse momento, as parcerias começam a aparecer. O número de comentários e de visualizações diárias crescem, e quando o blogueiro vê, o blog alcançou um número de seguidores que ele só esperava alcançar dali a alguns meses. Os livros para resenha começam a chegar na caixinha de correios e o nome do blog começa a ser lembrado na blogosfera.


Então surge a precaução.


O blogueiro começa a perceber que o blog tem um público e que, consequentemente, está sujeito a críticas e avaliações. O blog necessita, portanto, de apresentar um conteúdo de qualidade e de interesse geral. Dá-se importância agora à visibilidade individual de cada postagem. Aos poucos, o blog ganha uma programação, com quadros e colunas fixas. Passa a colocar um espaço de tempo mais alternado entre os posts, que vão de um a três dias. E, nessa busca pela qualidade e pelo interesse, surge um probleminha.


Some a inspiração.


O que no início era descompromissado agora se tornou sério. Mas... o que ele pode escrever de interessante? Sobre o que ele deve falar? Sobre qual livro ou filme deve resenhar? E, poxa, o que fazer quando o texto não sai tão bom assim? São momentos escuros...



Vem o desânimo.



Essa é a parte mais difícil. Sem ideias e, às vezes, sem tempo (oh sim, agora surge tudo para atrapalhar: aulas, trabalho...), o blogueiro começa a abrir cada vez menos a página inicial do Blogger. Faz projetos de posts, mas não sai do papel... As postagens começam a ser semanais... Até a vontade de visitar os blogs amigos fica ofuscada. E é nesse momento que muitos abandonam o blog. É o primeiríssimo - e fatalíssimo - período das trevas.

E depois...


Depois ele percebe que só há duas escolhas: ou para ou continua. Parar seria um alívio, afinal, conduzir um blog requer muito compromisso. Mas continuar seria um prazer maior ainda: teria um espaço onde colocaria suas ideias, teria o seu público e falaria das coisas que mais gosta no mundo. Então a decisão é tomada.


E acaba a infância.


Tudo mudou agora. A consciência do blogueiro é outra; ele agora cresceu. Se ele decidiu parar, cresceu o suficiente para perceber que não dava mais conta. Se ele decidiu continuar, cresceu o suficiente para saber que, com lutas e conquistas, altos e baixos, a vida na blogosfera é uma boa e agradável aventura.



    É, gente, não é nenhum segredo que estou passando agora pela fase do desânimo. Sem ideias, quase pensei em parar tudo por aqui. Mas então percebi que, poxa, também não é assim.
    Nem tudo tem que ser sério, seriísimo. As coisas são mais fáceis quando feitas de modo descontraído, descompromissado. E, no mais, se o blog ficar ruim... Bem, para cada blog ruim, há dois outros bons, rsrsrs. A blogosfera é um universo bem equilibrado.
     Eu tô tentando crescer, sair da infância. Mas nenhuma criança deixa de ser criança só porque quer, isso quem faz é o tempo... Então, hehe, é meio difícil.
    Mas como eu tenho vontade de continuar tudo isso, é isso aí, resolvi continuar. Nem que eu tenha que fazer postagens anuais (tá bom, foi uma bincadeira), eu vou arriscar, quem sabe eu pego o Tom e tudo dá certo... 

por Diego B. Oliveira
 

04 setembro, 2013

A nossa hora



    Seus olhos nunca mais encontraram os meus. Você está ocupada demais fugindo de mim como o diabo foge da cruz – olha o prato, vê se ninguém fala contigo no celular, olha o relógio e vê se já deu a hora. Dá meia volta, me engana, diz que só quer saber se já são nove horas, se a novela já vai começar. Eu enrolo, continuo comendo, mastigo devagar, tudo para não ter que contar que sei muito bem que você só quer saber se a hora que deu foi a nossa.



    Já deu nossa hora. Mas você tem medo de admitir e eu tenho preguiça demais para falar em voz alta também. E então espero você andar de um lado para o outro da cozinha, enquanto corre os olhos de cinco em cinco segundos para o relógio. Daqui a meia hora vai ter acabado de vez. Daqui a meia hora eu vou ter falado alguma palavra muito errada ou cometido um pecado muito grave. Daqui a meia hora você vai chorar e jurar que queria que tivesse sido para sempre.



    Você vai dizer que tentou de tudo. E eu vou dizer que a gente devia tentar um pouco mais. Mas nem devia. Eu também não tenho mais força pra te convencer que você é a mulher da minha vida. Nem mais a certeza de que você é ela mesmo. Um dia, eu pensei em me casar com você e passar o resto da vida ao seu lado. Mas aquela mulher com quem eu sonhei o meu futuro não parece em nada com o rosto vazio que eu encaro agora.


    Eu tento pensar como foi que nós terminamos assim. Nós costumávamos nos amar tanto. Eu passaria horas ao seu lado, sem dizer uma palavra, amando o seu silêncio. Agora, essa ausência de palavras me desespera. Tenho a impressão, a todo momento, de que você vai começar a gritar e a apontar todos os meus defeitos, feito alguém que nunca me amou mesmo sabendo de todos eles. Tenho a impressão de que a qualquer momento eu também vou levantar meu dedo e apontar os seus.



    Bom, não precisa gritar, quebrar nenhum prato, nem jogar na minha cara como nós não demos certo. Pode olhar o relógio o tempo que quiser, pode ficar assistindo a nossa hora chegar. Daqui a menos de meia hora, você vai ter passado de grande amor da minha vida a mera desconhecida. Não vou impedir nada, não vou brigar, não vou querer te convencer que poderíamos ter sido tudo. Tenho a impressão de que o que nós poderíamos ter sido nós fomos. E o que não fomos? Felizes para sempre.

Texto escrito pela colunista Érica Maria

29 agosto, 2013

Eles não sabem nada de amizade.



    Não. Eu não comemorei sua entrada na universidade. Não fui para as melhores festas com você. Não conheci seus novos amigos. Não conheci seu novo namorado. Nem servi de colo quando o namoro acabou. O tempo, a distância, os compromissos, as diferenças e as mudanças separaram a gente. Muitos diziam por aí que não éramos mais amigas. Alguns, até, ousaram dizer que nunca fomos. Amigas, quero dizer. Que nunca fomos amigas, você acredita? 

    Quando seu pai morreu, você não me ligou. Você mandou apenas uma mensagem, assim que recebeu a notícia: “preciso de você”, escreveu. Eu estava a, pelo menos, mil quilômetros de distância de você. Eu morava em outra cidade, estava casada e tinha dois filhos. E você mandou uma mensagem dizendo apenas “preciso de você”. Eu não sabia se você tinha sofrido um acidente, se alguém tinha morrido, se você tinha descoberto que estava grávida ou se apenas tinha acabado mais um namoro. Não importava. Eu arrumei uma mala com poucas coisas, liguei para o meu marido, avisei que iria viajar. Comprei uma passagem com um preço absurdo. Peguei um voo com muita turbulência. Paguei um táxi até a sua casa. E estive lá.

    Estive lá quando você precisou de mim.

   O velório estava vazio. As amigas que comemoraram sua entrada na faculdade não estavam lá. Seus companheiros de festa também não. Nem seu ex-namorado, que jurou no fim que você podia contar com ele para qualquer coisa. Poucos estavam do seu lado no momento mais difícil da sua vida até então. 

    Eu segurei sua mão durante todos os momentos. Fiquei ao seu lado enquanto desejavam os pêsames. Te abracei e escutei seu choro. Segurei seu corpo para você não desabar. 

    Porque isso chama amizade. Mesmo com o tempo, a distância e os desencontros. Mesmo eu não estando aqui sempre. Mesmo com os novos amigos, os novos amores e os novos objetivos. Bastou uma mensagem, um “preciso de você” e pronto. 

    Eu estive aí. 

    Sempre estive. 

    Sempre estarei.


Texto escrito pela colunista Érica Maria


26 agosto, 2013

Perfil: Steven Stielberg

    Mesmo quem não sabe quem é Steven Spielberg sabe quem é Steven Spielberg. Afinal, sempre que passa um filme dele na Sessão da Tarde o locutor entusiasmado faz questão de anunciar: "uma superprodução do cinema dirigida por Steven Spielberg". É uma das raras ocasiões em que o nome de um diretor é anunciado na tevê, e, pra completar, em uma condição de prestígio maior que a do próprio elenco do filme.
    Afinal, estamos falando do mestre das superproduções.

    Spielberg tem em seu currículo uma enorme série de filmes, que se tornaram sucessos de bilheterias, público e de crítica. Já foi indicado a sete Oscar de Melhor Diretor, tendo levado duas estatuetas: pelo filme A Lista de Schindler, de 1993, e por O Resgate do Soldado Ryan, de 1998. A Lista de Schindler também levou o Oscar de Melhor Filme.
    Pra se ter uma ideia, Spielberg começou a dirigir com apenas 13 anos de idade! Nessa época, ele venceu um concurso de curta-metragem com um documentário sobre guerra de 40 minutos. E daí por diante não pararia mais. Hoje, diretor consagrado, tem uma riqueza estimada em 3,2 bilhões de dólares; já os seus filmes renderam, até o momento, 8,5 bilhões de dólares em todo o mundo.
    A filmografia de Spielberg é realmente extensa; mesmo uma lista dos melhores filmes do diretor ficaria enorme.

    Vamos fazer uma lista, portanto, dos seus filmes mais conhecidos pelo grande público, em ordem cronológica. E tenho certeza de que já ouviram falar de muitos deles...
    Olha só:



Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de 1978


Em uma pequena cidade americana vive Roy Neary (Richard Dreyfuss), um chefe de família que, ao presentir a chegada de alienígenas, tem o seu comportamento alterado. Ele fica obcecado pela idéia e começa a investigar a situação, buscando o local de contato dos ET's. Como ele, diversas outras pessoas sentem a presença extraterrestre e rumam para o local do pouso da nave.



E.T. - O Extraterrestre, de 1982


Um garoto faz amizade com um ser de outro planeta, que ficou sozinho na Terra, protegendo-o de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia. Gradativamente, surge entre os dois uma forte amizade. Esse filme é considerado uma das maiores bilheterias da história do cinema, e é a produção que gravou a ouro o nome de Spielberg em Hollywood.



Quadrilogia Indiana Jones, de 1981 a 2008

    Indiana Jones é um dos personagens mais populares do cinema. O famoso arqueólogo estrela quatro filmes: Os Caçadores da Arca Perdida, de 1981, O Templo da Perdição, de 1984, A Última Cruzada, de 1989 e O Reino da Caveira de Cristal, de 2008. O personagem imortalizado por Harrison  Ford é um grande aventureiro, que acima de tudo sempre defendia o valor histórico e cultural de artefatos e tesouros cobiçados pelas mais diversas mentes criminosas do planeta.



A Cor Púrpura, de 1986


Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "Mister" (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.



Trilogia Jurassic Park, de 1993 a 2001

    Da trilogia, Steven Spielberg dirigiu apenas os dois primeiros filmes: Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros, de 1993 e O Mundo Perdido de Jurassic Park, de 1997. Em Jurassic Park III Spielberg volta apenas como produtor. Todo mundo já conhece a história do parque onde vivem gigantescos clones dos extintos dinossauros; há desdes os grandes herbívoros aos perigosos carnívoros. E o parque, que era para ser uma grande e única atração turista, se torna um lugar perigoso onde todos tem que lutar pela própria vida.

A Lista de Schindler, de 1993


A inusitada história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, sedutor, "armador", simpático, comerciante no mercado negro, mas, acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos). No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.



O Resgate do Soldado Ryan, de 1998


Ao desembarcar na Normandia, no dia 6 de junho de 1944, capitão Miller (Tom Hanks) recebe a missão de comandar um grupo do segundo batalhão para o resgate do soldado James Ryan, caçula de quatro irmãos, dentre os quais três morreram em combate. Por ordens do chefe George C. Marshall, eles precisam procurar o soldado e garantir o seu retorno, com vida, para casa.



A.I. - Inteligência Artificial, de 2001


Na metade do século XXI, o efeito estufa derreteu uma grande parte das colatas polares da Terra, fazendo com que boa parte das cidades litorâneas do planeta fiquem parcialmente submersas. Para controlar este desastre ambiental a humanidade conta com o auxílio de uma nova forma de computador independente, com inteligência artificial, conhecido como A.I. É neste contexto que vive o garoto David Swinton (Haley Joel Osment), que irá passar por uma jornada emocional inesquecível.



Guerra dos Mundos, de 2005


Ray Ferrier (Tom Cruise) é um homem divorciado que trabalha nas docas. Ele não se sente à vontade no papel de pai, mas precisa cuidar de seus filhos, Robbie (Justin Chatwin) e Rachel (Dakota Fanning), quando eles lhe fazem uma de suas raras visitas. Pouco após eles chegarem Ray presencia um evento que mudará para sempre sua vida: o surgimento de uma gigantesca máquina de guerra, que emerge do chão e incinera tudo o que encontra. Trata-se do primeiro golpe de um devastador ataque alienígena à Terra, que faz com que Ray pegue seus filhos e tente protegê-los, levando-os o mais longe possível das armas extra-terrestres.



Lincoln, de 2012


Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.



   Steven Spielberg segue trabalhando  a todo vapor em Hollywood. E sabe o que isso significa? Que certamente inúmeros grandes sucessos ainda estão por vir...


por Diego B. Oliveira

    

21 agosto, 2013

Desde que você se foi



    O relógio já marca duas da manhã de uma madrugada que eu não sei mais de que dia é. Perdi a conta depois de tantas lágrimas. Perdi a conta depois das noites mal dormidas. Perdi a conta depois de você. Ou melhor: tenho evitado contar, porque a saudade que ficou aqui independe do tempo. Tenho sonhado que tudo não passou de uma brincadeira e a qualquer hora você entrará pela porta e se desculpará.

    Desculpa.

    Eu sei que de brincadeira nunca teve nada. É só que uma parte de mim continua se iludindo de que tudo isso é um grande pesadelo. E, enquanto eu me iludo, o ponteiro do relógio circula e me faz lembrar que eu não vou acordar, correr para os seus braços e respirar aliviada. E aí dói de novo como na hora da notícia.

    A parte forte de mim sabe bem que o que sobrou de você ficou em mim. E nas pessoas que você amava. E nas pessoas que ainda te amam. Os seus sorrisos, os seus olhares, os seus abraços, as suas palavras de carinho. Tudo ficou aqui, escancarado em nossas memórias, remoído em nossas lembranças, apertado em nossos corações. Aliás, fazer meu coração continuar batendo tem sido uma das tarefas mais difíceis desde que você se foi. Parece que você levou consigo o combustível que o mantinha saudável. Mas eu insisto. Continuo o deixando em atividade só para guardar você um pouco mais perto. E aí eu tento não desistir.

    Eu tento não olhar o relógio, eu tento não questionar a vida, eu tento não me revoltar com todos. É que no fundo, hoje, eu queria tão pouco perto de tudo o que eu já quis. Eu já quis uma profissão legal, um casamento bonito, uma família maravilhosa. Eu já quis os melhores amigos, eu já quis saúde, eu já quis sucesso. Hoje, eu queria só você. Você e o seu sorriso, você e o seu jeito de dizer que me amava, você e a sua voz. Você só mais um dia. Só mais o abraço que ficou faltando, o beijo que eu jamais vou dar.

    Mas como ainda não dá para te ter de novo, eu vou fazendo o que me resta: honrando a vida que você teve. Sabendo que você continua vivo em algum outro lugar mais lindo. Eu sei o que você diria se estivesse aqui: fica forte, vai em frente, eu quero te ver bem. É difícil, não vou mentir. Desculpa pela minha fraqueza. Pelas lágrimas que eu não evito. Pelo sofrimento que não afasto. Desculpa por estar joelhos, por ter o coração quebrado, por ainda me questionar. Eu levanto daqui, eu juro.

    Eu levanto e te honro. E continuo em frente. E cumpro a minha parte do acordo. Por tudo o que a gente sonhou, por tudo o que a gente sempre quis. Porque, hoje, ainda que eu permaneça muito tempo sem olhar os minutos que você não está, eu sei que você me olha de longe. Eu sei que quer ficar orgulhoso de mim. Eu sei que estará aqui todos os dias da minha vida. E eu vou fazer de tudo para você sorrir – aí, do seu lado do mundo, me olhando e cuidando de mim. 


Texto escrito pela colunista Érica Maria


20 agosto, 2013

Nova Colaboradora do Blog: Érica Maria

    E agora uma grande novidade: o Peças de Oito tem uma nova colaboradora. Sim, sim, ela aceitou participar de toda essa loucura e vai contribuir semanalmente com o blog! Muitos de vocês já devem conhecer a Érica Maria pelo blog Leitor Compulsivo, onde ela também é colunista (assim como eu, hehe). Mas, mesmo assim, vamos conhecer um pouco mais sobre ela?


    Érica Maria, 16 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, é futura jornalista e escritora. Não sei falar muito de mim, porque talvez eu ainda esteja me conhecendo. Mas posso te dizer que sou muito amiga e amo conversar com desconhecidos. Sou medrosa, boba e eterna crente nas pessoas e no mundo.
    E por ser um pouco demais para caber aqui dentro, eu sempre quis viver mil vidas que não eram minhas. Daí eu queria ser atriz. Mas, um dia, eu descobri que não era assim que eu colocaria em prática este sonho. E foi aqui, nas palavras jogadas em alguns parágrafos, que eu fui me pegar vivendo histórias que não vivi, mas sentindo amores como se fossem meus. E aí eu descobri que talvez eu nunca faça isso bem o suficiente, mas uma parte de mim sempre vai sorrir ao contar uma história minha, sua, ou da Maria.
    Mas se quiser me encontrar, me procure nas minhas metáforas vazias. Quem sabe você não esbarra com algumas mil Éricas por lá.


    A Érica está começando um blog lindo chamado Ainda Não é um Diário, onde ela posta seus textos e impressões de forma encantadora. Vale a pena conferir!
   Então, Érica, bem vinda ao Peças de Oito! Ficamos muito honrados com o seu apoio!


por Diego B. Oliveira

17 agosto, 2013

Resenha: Se Arrependimento Matasse

    Eu já tinha falado aqui o quanto admirava Alma Cervantes por ser um escritor jovem e talentoso, e isso sem ter lido seu livro. Mas agora que li... Bem, se eu fizesse agora um top 10 de autores nacionais preferidos, adivinha quem estaria entre eles? Então, bora conferir essa resenha.


Autor: Alma Cervantes
Editora: Novo Século
Páginas: 248
Nota do Peças: 5/5

Alex, Alice e Rebeca são grandes amigos e decidem se reencontrar depois de alguns anos sem se verem. O lugar escolhido é o hotel dos pais de Alex, mas o que parecia uma viagem especial, repleta de conversas agradáveis e descontraídas com os outros hóspedes durante o jantar se transforma, em seguida, num pesadelo. Quando os três se preparam para dormir, ouvem batidas desesperadas à porta e seguem ao salão, onde logo descobrem que o cozinheiro fora assassinado. Com a comoção, somada à dificuldade de fuga devido à tempestade e névoa lá fora, a confusão logo se instala no hotel, além de um desagradável clima de suspeita entre os hóspedes. Tensão. A revelação de um detetive. E um desfecho surpreendente. 



“Tensão. A Revelação de um detetive. E um desfecho surpreendente”. 

    Alex, Alice e Rebeca não se viam desde a época do colégio. Por isso a ideia de se reencontrarem soou fascinante; poderiam relembrar os velhos tempos, descobrir o que o destino havia feito com cada um deles e, é claro, se divertirem um bocado. E que lugar melhor para isso do que o hotel dos pais de Alex?

    A noite começa bastante agradável; os amigos põem os assuntos em dia, têm um belíssimo jantar e, logo após, jogam cartas na companhia de alguns dos poucos hóspedes do hotel. Mas, quando os três vão para os quartos e se preparam para dormir, as luzes se apagam repentinamente e batidas desesperadas se ouvem nas portas. Ao descerem para o salão do hotel, onde todos os hóspedes foram reunidos urgentemente, descobrem que houve um assassinato: Victor, o cozinheiro, acabara de ser encontrado morto na cozinha.

    Para complicar a situação, uma tempestade desaba lá fora; nenhum carro está funcionando e a linha telefônica foi cortada. Resumindo: estão todos presos no hotel, com um homem morto na cozinha e um perigoso assassino provavelmente solto entre eles. Todos passam a ser suspeitos do crime; é então que Frederica, uma das hóspedes, toma o controle da situação e começa a investigar e a interrogar cada um ali presente. E assim o fascinante livro de Alma Cervantes começa a se desenrolar, de forma inteligente e brilhante.

    Juro que o que vou dizer é verdade, mas esse foi o melhor romance policial nacional que eu já li. Pra começar, ele não me deixou dormir; fui terminar de lê-lo às 5 da manhã! Quando estava chegando às últimas páginas, fui obrigado a meter um murro no despertador; afinal, eu já estava acordado, e ele estava atrapalhando minha leitura...

    Eu geralmente me orgulho de sempre adivinhar quem é o verdadeiro criminoso antes do fim da história. E, realmente, suspeitei terrivelmente de dois personagens ao longo do livro. Tinha tanta certeza de que era um deles que, na hora da revelação, quase caí da cama: eu nunca estivera tão errado em minha vida! A promessa de um desfecho surpreendente foi habilmente cumprida.

    O clima de suspense, mistério e mesmo de terror percorre todo o livro; o autor acaba desenvolvendo o lado psicológico dos personagens, mostrando a forma como eles reagem ao medo, à dor e à perca. Ora ou outra, você percebe a voz de Alma Cervantes dentro de um personagem, dizendo o pensamento do autor sobre alguns assuntos delicados ou mesmo polêmicos. A obra também traz alguns aspectos bastantes curiosos. Alice, por exemplo, não é o nome de uma mulher, e sim o de um rapaz, que o destino quis que recebesse um nome bastante incomum.

    Eu consegui gostar de tudo nesse livro: desde o seu título bastante sugestivo até ao ritmo vertiginoso que o autor traz à história. Acabei me apaixonando pela detetive e seu jeito calmo e atraente, por aquele hotel grande e ao mesmo tempo macabro, pelas piadinhas sem graças de um dos empregados e pelo jeito extremamente pomposo de outro. Só achei um pouco cansativo quando algumas informações se repetiam durante os depoimentos. Mas isso acontece de jeito tão rápido que não atrapalha em nada a fluência e o estilo cativador do livro.

    Foi tudo tão legal que eu realmente gostaria de ver novos livros do autor seguindo essa mesma linha. Afinal, se tem uma coisa que Se Arrependimento Matasse teve de sobra foi um bom detetive, e um detetive daqueles que merecem ser perpetuados em muitas e muitas outras histórias.


    Gostou do livro? Saiba mais sobre ele:


por Diego B. Oliveira

14 agosto, 2013

Caixinha de Correio # 1

   E finalmente minha caixa de correio começou a funcionar; tive até que tirar as teias de aranha. Afinal, depois de ter passado a vida toda na solidão, a caixinha agora tem nobres e preciosos visitantes para hospedar.
    Nessa primeira C. C., vou mostrar os livros que recebi dos autores parceiros; são cinco no total, sendo que um já foi resenhado aqui e outros dois já estão com as leituras concluídas. Vamos conferir?



Pluvia - Entre Segredos & Esperança

       Esse foi o primeiro livro que me chegou através de uma parceria; fiquei fascinado com sua história, embora não tenha gostado muito da capa - que ficou muito morna, estranha. O livro tem páginas amarelas e dobras na capa e na contra-capa, o que torna seu manuseio muito agradável. E a Érica ainda me mandou três marcadores, um deles autografado, junto com uma carta ao "amigo blogueiro". Legal, hem? O livro já tem resenha, que você pode conferir clicando aqui ou rolando a página um post abaixo, rsrs.





Se Arrependimento Matasse


   Inicialmente, fiquei bastante assustado com a capa desse livro de Alma Cervantes. E gostei disso, foi uma das coisas mais originais e fascinantes que eu já vi; além do mais, a capa é meio que espelhada, reflete a luz e até brilha no escuro. Terminei de ler esse livro e foi uma das leituras mais fascinantes - e carregadas de suspense - que já tive. A capa e a contra-capa também dobram para dentro, e o Alma me mandou dois marcadores igualmente assustadores, rsrs, mas belíssimos.







Clarices


     Esse livro vai ser minha próxima leitura, e estou cheio de expectativas sobre ele. O conheci através da resenha de um blog amigo (não lembro qual, desculpem-me, rs) e fiquei tão empolgado com sua proposta que entrei rapidamente em contato com a autora, que aceitou me enviá-lo para resenha. A capa dele é realmente linda, ele é bem fininho e o estilo dele lembra muito um diário. 







A Ilha de Kansnubra e o Portal Perdido


   A diagramação desse livro foge à regra de todos os outros que eu vi do selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. É muito mais rico, detalhado, colorido e bem-acabado, além de ser ligeiramente maior e com letras mais estilizadas. Não é à toa, já que a história promete trazer grandes aventuras por lugares perdidos e desconhecidos, e estou bastante ansioso para conhecer esse mágico mundo de Andrew Ulisses.






Terras Metálicas


   Vou confessar que esse é o livro que mais estou curioso para ler, por dois motivos: por ter mais de 600 páginas e por ser uma distopia. Fico aqui pensando se não tenho finalmente nas mãos uma grande distopia nacional. Achei que a capa foi, infelizmente, muito desagradável; muitas pessoas julgam sim os livros pela capa, e essa não é muito convidativa. Mas a sinopse, essa eu garanto, é bastante atraente; além do mais, não aguentei e dei uma olhada em algumas passagens, e achei a linguagem de Renato C. Nonato completamente descontraída, daquelas que conversam com o leitor e te traz completamente pra dentro da obra.


***



    Estou realmente empolgado com esses livros, e desde já agradeço à todos os autores que depositaram sua confiança em mim e no blog. E, vou dizer uma coisa, nunca fiquei tão feliz com a literatura nacional como agora.
    Minha caixa de correios tá mandando eu agradecer a todos por ter dado a ela uma razão para viver. Então... obrigado!


por Diego B. Oliveira

10 agosto, 2013

Resenha: Pluvia - Entre Segredos & Esperança

    Mais uma vez me atrasei com a resenha... Ultimamente, tenho encontrado uma dificuldade em formar palavras, hehe, em construir um texto coerente. Acho que a culpa é da faculdade; os professores realmente não perdoam o nosso tempo, rsrs, nem um pouco. Mas Pluvia é um dos livros mais fantásticos que eu já li, e é com imensa alegria que eu finalmente entrego a resenha dele. Vamos conferir?



Autora: Érica Azevedo
Editora: Novo Século
Páginas: 280
Nota do Peças: 4,5/5


Ana cresceu empenhada em suas histórias fantásticas, mas nunca teve oportunidade de se aventurar por elas. Abandonou-as ainda na adolescência, enxergando que a realidade é dura demais para tais voos inocentes. Mas, em meio a uma viagem a um vilarejo desconhecido no sul do Brasil, ela tem a oportunidade de enveredar por um mundo totalmente novo, quando, em meio à chuva do fim de tarde, observa as gotas se transformarem em pessoas iguais a ela. Sentindo o fogo que a preenchia na infância se reacender com a curiosidade, Ana vai atrás deles e se depara com um pedido de ajuda e a descoberta de um novo mundo: Pluvia. Mas o que essas pessoas realmente escondem? E qual o segredo por trás dos profundos olhos azuis do estranho senhor da mercearia? E o que de tão terrível está assustando os pluvianos a ponto de fazê-los pedirem ajuda a uma menina indefesa? Essas respostas serão desvendadas e muitas outras perguntas surgirão no decorrer da leitura de Pluvia. O primeiro livro da série “Os Mundos” traz um misto de aventura, romance e diversão para os leitores de literatura fantástica e que, como Ana, possuem sede por conhecer outros mundos.



    Baamen é um pequeno povoado onde só há um chalé e uma mercearia. É um lugar tão esquecido e estranho que nem aparece nos mapas. Com certeza não é uma boa opção para passar as férias... Principalmente se você já tinha planos de curti-las na casa de algum amigo.

    É justamente nesse povoado perdido em algum canto de Joinville que Ana chega com os pais para as férias. Mal se estabelecem no chalé, que fora emprestado à família pelo Tio Jonas, e ela já percebe que aquele não é um lugar nada animado. A única vivalma que tinham visto ali por perto foi o esquisito homem da mercearia, a quem pediram informações um pouco mais cedo. Seus estranhos e penetrantes olhos azuis haviam causado na garota um misto de medo e curiosidade...

     O maior entretenimento de Ana era passar o dia todo no quarto lendo livros; e é em um desses dias que, dando uma pausa nas leituras, resolve observar a chuva que começa a cair lá fora pela janela. Então algo estranhíssimo começa a acontecer: em vez de cair no chão, as gotas se transformam em pessoas encapuzadas que caminham, aparentemente apressadas. Deixando de lado o medo e sendo tomada pela curiosidade e pelo fascínio, a garota resolve sair de seu quarto e segui-las. 

    É assim que Ana recebe, espantada, um urgente pedido de socorro, vindo de um incrível mundo chamado Pluvia. Há algo que tem assustado os pluvianos, e somente ela será capaz de ajudá-los; meio sem opções, a jovem deixa para trás seus pais em Baamen e parte para aquele encantado mundo, onde um grande treinamento e enormes aventuras a esperam.

    Comecei a leitura de Pluvia cheio de expectativas. Já tinha lido a sinopse dele e me sentido bastante atraído por sua ideia original; portanto, nem imaginam a alegria que fiquei quando o livro chegou aqui em casa. E não me arrependi nenhum instante: a história é realmente ótima.

     Pra começar, todos os personagens são fascinantes; de cara, me apaixonei por Vevila, a pluviana que se tornaria amiga de Ana. Aliás, amigos é o que não faltarão à garota; há desde os tipos mais engraçados aos mais zombeteiros, desde humanos a... dermilins. Dermilin é um animal fantástico criado por Érica Azevedo, e se assemelha muito a um esquilo, embora possua a capacidade de falar e tenha uma personalidade bastante forte.

     Há também Aléxi, o jovem mestre de Ana. No início, é mostrado como um personagem zombeteiro e antipático; ninguém, nem mesmo seu irmão de criação, parecia gostar dele. Mas quando a garota o vai conhecendo melhor, acaba se descobrindo encantada pelo rapaz... e não só Ana, mas o próprio leitor, que aos poucos vai enxergando em Aléxi um personagem simplesmente fantástico.

    A obra é cheia de mistérios, que vão surgindo a cada novo capítulo cativando completamente a nossa atenção. Mas a autora, em um tom de maldade e brilhantismo, só deixa para resolvê-los no final; durante boa parte do livro, por exemplo, o leitor não faz ideia do motivo de Ana estar em Pluvia... Mas todo esse segredo vale realmente a pena; as surpresas do livro são empolgantes.

    Me encantei profundamente com Pluvia e com todo esse universo de Érica Azevedo, e estou simplesmente louco pelo próximo livro da série. Por tudo que vi nesta obra, e pela capacidade criativa que a autora apresentou, posso afirmar com certeza que a série Os Mundos tem tudo para se tornar uma das melhores da literatura nacional.


Se interessou pelo livro? Saiba mais sobre ele:


por Diego B. Oliveira.


07 agosto, 2013

As Séries Preferidas dos Leitores

    Em julho, fizemos uma enquete perguntando qual a série de livros favorita dos leitores. Colocamos apenas cinco opções de votos, e por isso algumas séries cultuadas, como As Crônicas de Nárnia, Divergente e 50 Tons de Cinza, acabaram ficando de fora.
    O primeiro lugar ganhou com folga, e o segundo também se manteve isolado. Já nas outras posições, a disputa foi um pouco acirrada... No total, foram contabilizados 77 votos, ao longo de duas semanas de votação.
    Vamos conferir o resultado?


5º - A Saga Crepúsculo




    Com 14% dos votos, a saga dos vampiros ficou com a quinta colocação. Crepúsculo é uma das séries de maior sucesso de todos os tempos, com mais de 100 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. A saga foi adaptada para as telonas em um total de 5 filmes, quebrando recordes de bilheteria e levando ao estrelato atores até então pouco conhecidos, como Kristen Stewart e Robert Pattison. A obra da autora Stephenie Meyer inventou um novo modelo para as histórias de amor, que vem sendo explorado constantemente na literatura recente.


4º - O Senhor dos Anéis



    E o quarto lugar, com 15% dos votos, ficou com os hobbits. A trilogia épica de J. R. R. Tolkien já vendeu mais de 160 milhões de livros, se tornando uma das séries mais bem sucedidas de todos os tempos. Se somadas às vendas de O Hobbit, livro que precede O Senhor dos Anéis e que vendeu sozinho cerca de 100 milhões de cópias, esse número quase dobra. O livro também originou à uma mega trilogia cinematográfica, que se tornou um dos maiores sucessos de público e crítica da história do cinema, arrecadando 17 Oscars e quase 3 bilhões de dólares nas bilheterias mundiais. 


3º - Percy Jackson e os Olimpianos



    E a obra do escritor Rick Riordan ficou em terceiro lugar, com 22% dos votos. A série teve início em 2005 e teve seu último título oficial lançado em 2009, em um total de 5 livros. Juntos, todos eles venderam mais de 10 milhões de exemplares, e se tornaram uma das séries mais populares da atualidade. Já no cinema, o filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios estreou em 2010, obtendo um sucesso apenas razoável, mas satisfatório. Tanto que já há uma continuação prestes a estrear e existe a expectativa de que toda a série seja adaptada para as telonas. Portanto, ainda é cedo definir a trajetória de Percy Jackson no cinema...


2º - Jogos Vorazes



    A trilogia distópica de Suzanne Collins ficou com a medalha de prata, com 27% dos votos. A série Jogos Vorazes, que vendeu mais de 23 milhões de cópias até o momento, surpreendeu por seu sucesso inesperado e seu tema desafiador. A história da corajosa Katniss, que se sacrifica por sua irmã, ganhou o mundo com uma rapidez meteórica e arrebatou milhões de fãs. Inesperado mesmo foi o estrondoso sucesso do primeiro filme nas telas; Jogos Vorazes, estrelado por Jennifer Lawrence, arrecadou mais de 400 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos, número impressionante que nem mesmo séries consagradas conseguiram alcançar.


1º - Harry Potter



    E a maior e mais bem sucedida série de todos os tempos é também a preferida dos leitores do blog, com 57% dos votos. Harry Potter vendeu mais de 490 milhões de exemplares em todo o mundo, sendo que só o primeiro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, vendeu sozinho 120 milhões. A obra de J. K. Rowling pode ser considerada a mãe de todas essas séries recentes, e a única que consegue ser sucesso unânime tanto de público quanto de crítica. A franquia cinematográfica de Harry Potter é a mais bem sucedida e rentável da história do cinema, a frente de nomes de peso como James Bond, Star Wars, Batman e todos os outros. J. K. Rowling foi a primeira escritora (mesmo entre os homens) a se tornar bilionária em dólares apenas escrevendo livros. E se tornou a mulher mais rica da Inglaterra, a frente da rainha Elizabeth II. 



    23% dos votantes escolheram outras séries, que não foram listadas nessa enquete.    
    Gostei muito da escolha dos leitores; na minha lista pessoal, ficariam, na ordem: Harry Potter, As Crônicas de Nárnia, O Senhor dos Anéis, Jogos Vorazes e Percy Jackson.
    Lembrando que a enquete ainda pode ser vista na sidebar do blog, vou deixar ela lá por um tempo para quem quiser dar uma conferida. E, em breve, espero estar trazendo para vocês uma nova enquete fresquinha, saindo do forno!

por Diego B. Oliveira