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30 julho, 2013

Os 10 Maiores Detetives da Ficção

    Os detetives são, geralmente, personagens inteligentes (tá bom, alguns nem tanto), responsáveis por investigar casos diversos, desde criminais e românticos até assuntos corriqueiros. Hoje em dia estão presente nos mais diversos filmes, livros, séries e, enfim, em todas as mídias possíveis.
    Mas peraí, nem todos usam o nome 'detetive'. Na verdade, raramente algum deles são 'profissionais desse ramo'. Preparamos uma lista com os mais populares detetives da ficção e, entre eles, têm super-heróis, assassinos seriais, espiões e até mesmo (ooohhh!) animais.

10 - C. Auguste Dupin

    Dupin foi o primeiro detetive da ficção, tendo sido criado pelo mestre do sobrenatural Edgar Allan Poe e apareceu pela primeira vez no famoso conto Os Assassinatos da Rua Morgue. Ele aparece em apenas três histórias, mas foi o primeiro a usar a arte da dedução em suas investigações.




9 - Dexter Morgan

    Dexter é o famoso serial killer da série de televisão que leva o mesmo nome. Mas se apresenta como um sociável analista forense que trabalha para o departamento de polícia.




8 - Miss Marple

    Miss Marple é uma detetive amadora criada pela rainha do crime Agatha Christie, e é uma das personagens mais conhecidas da autora. Aparece em doze romances e vinte contos; desde então já foi adaptada para a televisão e para o cinema.




7 - Adrian Monk

    Monk é um detetive de homicídios da série de televisão homônima. Tem transtorno obssessivo-compulsivo e, quando sua esposa é assassinada, Monk tem um colapso, suas fobias se agravam e ele é afastado do cargo. Sobre ele só posso dizer... que é um detetive diferente.




6 - Gil Grissom

    O CSI mais famoso de todos. Gil Grissom é um dos personagens centrais da série de tevê CSI - Investigação Criminal, série que inovaria o gênero e que originaria mais 2 spin-offs (entre outros não assumidos, rsrs). Grissom é um entomólogo forense, e trabalha em um laboratório criminal em Las Vegas.




5 - Veronica Mars

    Verônica Mars também tem uma série televisiva com o seu nome. De dia, é apenas uma colegial comum mas, após a escola, atua na firma do pai como espiã e investigadora. A série terminou em sua 3ª temporada, deixando muitos fãs saudosos esperando uma continuação...




4 - Batman

    O Batman, detetive? Pois é. Um dos mais famosos super-heróis de todos os tempos, Batman usa sempre sua incrível inteligência (e sua nada modesta grana) para investigar os criminosos de Gotham City. Aliás, sem a sua inteligência, Batman não seria o Batman, afinal, ele não tem super poderes e conta apenas com suas habilidades. E, na minha opinião, é claro, ele é o melhor dos super heróis.




3 - Scooby Doo

    O mais famoso cachorro do mundo atua como detetive para a Mistérios S.A., juntamente com Salsicha, Velma, Fred e Daphne. Divertido e trapalhão, não possui a mínima inteligência investigativa, mas são através de seus 'acidentes' e suas trapalhadas que muitos crimes são descobertos e muitos vilões, desmascarados. 




2 - Hercule Poirot

    Hercule Poirot é um dos detetives mais célebres do mundo e o personagem principal da maioria dos livros da grande Agatha Christie. Ele aparece em mais de 40 romances da autora, inclusive no famoso Assassinato no Expresso Oriente. O detetive belga é também o protagonista da série de televisão britânica Agatha Christie's Poirot, que está no ar desde 1989.




1 - Sherlock Holmes

    Sherlock Holmes não é só o mais famoso detetive de todos os tempos, mas um dos personagens mais conhecidos de toda a literatura universal. Mesmo quem nunca leu os livros escritos por Sir Arthur Conan Doyle sabe quem é esse ilustre detetive. Mora em Londres junto com seu também famoso amigo Dr. Watson.
    Holmes já foi adaptado para todas as mídias conhecidas. Recentemente, foi brilhantemente interpretado por Robert Downey Jr. em dois filmes. Mas, na minha opinião, o ator que melhor o representa é Benedict Cumberbatch, da série britânica Sherlock, uma das mais geniais já feitas em todos os tempos (e esse ano vai ter terceira temporada!)



    Dessa lista, apenas dois nomes vão manter as mesmas posições em todas listas do mundo: Sherlock Holmes e Hercule Poirot. 
     E você, conhece algum detetive?

por Diego B. Oliveira

28 julho, 2013

Resenha: Outono, de Valéria Schmitt

    É, pessoal, atrasei um pouco na resenha, mas enfim ela saiu, hehe. Hoje vou falar do encantador livro da autora parceira Valéria Schmitt, Outono, e se nessa louca madruga eu errei alguma coisa, peço desde já desculpas. Peraí, deixa eu piscar um pouquinho.... pisquei. Simbora!



Autora: Valéria Schmitt
Editora: Clube de Autores
Páginas: 292
Nota do Peças: 4/5


Sinopse: Após uma badalada festa de aniversário na qual compareceu a cidade inteira, a jovem Carolina tem sua vida transformada ao descobrir que é na verdade uma poderosa bruxa. E ela tem uma grande missão pela frente: combater e derrotar o perigoso Hypollitus, cujo principal objetivo é tomar o Poder. Além disso, sente seu coração dividido entre Bernardo, seu popular namorado, e Erick, seu jovem e enigmático instrutor de magia...



    Se alguém pensou que não existiam bruxos no Brasil, sinto muito, mas vou ter que desapontá-lo. Eles existem aqui sim, mais propriamente em uma pequena cidade mineira chamada Pitangui.

    Ali mora Carolina Jardim, uma garota normal que está prestes a completar 16 anos. É um pouco tímida, não tem muitos amigos e nutre uma paixão secreta por Bernardo, o jogador bonitão da escola. Mas sua vida começa a dar uma reviravolta quando sua mãe convida a cidade inteira para sua festa de aniversário; e tem mais: a banda mais badalada do momento foi contratada para tocar no evento.

    Se, por um lado, Carolina não entende por que a mãe está fazendo aquilo, por outro ela vira uma espécie de estrela na escola. As garotas querem que ela seja líder de torcida, os rapazes agora reparam nela e, o melhor de tudo, Bernardo a convida para sair. Depois de alguns encontros, os dois acabam se tornando namorados.

    Enfim, chega o dia da tão esperada festa; a cidade inteira está lá, assim como uma multidão de parentes que Carolina nem sabia que existia. Mas antes da meia-noite, a festa acaba, todo mundo vai embora alegando estar cansado e que já está tarde, e fica ali só algumas pessoas usando vestes estranhas e incomuns. Então a verdade é revelada: a festa fora apenas um disfarce para o momento da revelação. Carolina descobre que ela é na verdade uma poderosa bruxa, assim como toda a sua família, e seu destino é enfrentar o perigoso e malvado Hypollitus, que quer por tudo tomar o Poder. 

    Para ser treinada, ela contará com a ajuda do enigmático e encantador Erick, que já aparecera em seus sonhos antes mesmo ela o conhecesse. Mas, após algum tempo, ela percebe que está sentindo alguma coisa por ele, e seu coração fica completamente dividido. Quem ela realmente ama, Bernardo ou Erick? E Hypollitus continua lá fora, cada vez mais ameaçador...

    Magia, ação, humor e romance: é isso que você vai encontrar no primeiro livro juvenil da autora mineira Valéria Schmitt. Eu já tinha comentado aqui que estava gostando do texto, principalmente, por sua boa história e sua linguagem fácil e fluente. Desde o momento que você lê o primeiro capítulo, você mergulha de vez em Pitangui, caminha pelos belos locais históricos da cidade e adentra no mundo mágico e confuso de Carolina.

    E, antes que alguém possa comparar a obra com Harry Potter, a própria escritora brinca com a semelhança ao decorrer do livro. E eu quero ressaltar que essa semelhança só existe na temática, não no conteúdo. 

"Agora, fique sossegada, Lord Voldemort não existe, pelo menos não do jeito que você imagina."

    Eu posso dizer que me emocionei, me diverti, vibrei e torci com essa leitura. Valéria soube construir muito bem os seus cenários, as cenas de batalha e as transcrições dos sentimentos. O leitor meio que entra na cabeça de Carolina e lê todos os seus pensamentos, consegue enxergar o seu coração.

    Outono é o primeiro de uma série de quatro livros, cada um com o nome de uma estação. Eu particularmente estou ansioso para ler o restante da série, porque a autora soube deixar algumas pontas soltas que, ao mesmo tempo que fecha com perfeição a história do primeiro livro, abre espaço para uma nova e envolvente continuação.

Gostou do livro?
Compre-o agora em sua: Versão Impressa ou em E-book.

por Diego B. Oliveira

26 julho, 2013

Autor Parceiro #3: Alma Cervantes

    Essa nova parceria me deixou particularmente feliz. Alma Cervantes é um jovem escritor que está estreando agora na literatura, com um livro chamado Se Arrependimento Matasse. E  já o considero uma grande inspiração para todos os jovens (como eu, hehe) que querem ser escritores. 
    Influenciado por nomes como Agatha Christie e o autor japonês Ryukushi07, Alma construiu um romance policial envolvente e repleto de mistério e suspense; ainda não li o livro, mas as minhas expectativas são as melhores. Alma Cervantes é certamente um grande exemplo a ser seguido.


O Autor

Alma Cervantes é admirador da Língua Portuguesa desde a infância e grande fã dos romances policiais de Agatha Christie. Faz sua estreia na literatura com o romance policial "Se Arrependimento Matasse".


O Livro


SinopseAlex, Alice e Rebeca são grandes amigos e decidem se reencontrar depois de alguns anos sem se verem. O lugar escolhido é o hotel dos pais de Alex, mas o que parecia uma viagem especial, repleta de conversas agradáveis e descontraídas com os outros hóspedes durante o jantar se transforma, em seguida, num pesadelo. Quando os três se preparam para dormir, ouvem batidas desesperadas à porta e seguem ao salão, onde logo descobrem que o cozinheiro fora assassinado. Com a comoção, somada à dificuldade de fuga devido à tempestade e névoa lá fora, a confusão logo se instala no hotel, além de um desagradável clima de suspeita entre os hóspedes. Tensão. A revelação de um detetive. E um desfecho surpreendente. 




    Pra quem quiser conhecer mais o autor, e só dar uma olhada nesse vídeo do lançamento do livro, na livraria Saraiva, onde o autor fala sobre a obra , suas inspirações e, é claro, autografa, rsrs. 





   
     Espero em breve estar resenhando o livro aqui no blog. Abraços!

por Diego B. Oliveira


25 julho, 2013

Cine Resenha: Meia-Noite em Paris

    Você alguma vez já pensou que seria melhor se tivesse nascido em outra época?
    Eu já. Às vezes eu simplesmente paro e penso: isso não tá certo. Deu falha no sistema de entregas da cegonha e ela me entregou no século errado. (Também, trabalhando pro Correios, ela acabou perdendo a noção do tempo...)
    Woody Allen explora esse sentimento quase comum em um maravilhoso filme com Owen Wilson, Rachel McAdams e a encantadora Marion Cotillard. E o melhor de tudo: ele usa como plano de fundo Paris. A minha cidade preferida no mundo.







Filme: Meia-Noite em Paris
País/Ano: EUA/ Espanha , 2011
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Dirigido por Woody Allen com Owen Wilson, Marion Cotillard, Rachel McAddams, Tom Hiddleston, Adrien Brody, Michael Sheen e Alison Pill, entre outros.







    Gil é um roteirista de cinema americano que está tentando escrever seu primeiro livro. Seu sonho é morar em Paris, cidade que ele idolatra e que serviu de inspiração aos grandes escritores do passado. Mas sua noiva, Inez (que, aliás, é muito chata, embora Rachel continue sendo uma atriz adorável) quer construir a vida ali mesmo, nos Estados Unidos; além disso, ela insiste que ele dê mais atenção à renumerada carreira de roteirista do que a tolas ambições literárias.


    Acompanhados pelos pais da noiva, eles vão a Paris passar as férias. Gil se sente feliz, pois poderá andar pela cidade na chuva, entrar nas antigas lojas, respirar o mesmo ar que seus mestres respiraram... Enfim, ter inspiração para o seu livro. Mas quando chegam lá a história é outra. Mal botam os pés na cidade e já encontram com um antigo, exibido e pedante amigo de Inez. Encantada, a noiva logo marca em saírem todos juntos para um passeio pela cidade, o que na verdade é tudo que o escritor menos quer.

    E não demora muito para Gil se sentir insatisfeito; odeia os passeios com a noiva e com o amigo irritante. Certa noite, consegue se afastar deles e põe-se a andar sozinho pelas ruas da cidade. Quando dá meia-noite, passa um carro antigo e para na frente dele; seus ocupantes, animados, o convidam para ir à uma festa. Quando o escritor entra no carro, descobre que está na frente de Scott e Zelda Fitzgerald. 

    Assim, todas as noites, quando entra naquele carro, Gil é transportado para o passado, em 1920, onde acaba encontrando seus grandes ídolos: Ernest Hemingway, T. S. Elliot, Picasso, Dalí, Buñuel e muitos outros. E, nessas idas ao passado, acaba se encontrando e apaixonando por Adriana (interpretada pela belíssima Marion Cotillard), uma jovem mulher que sempre teve uma queda por artistas.


   Esse é o meu filme preferido do Woddy Allen; ainda não sei se é porque passa em Paris, ou se simplesmente porque fala de algo que eu já senti muito: a impressão de que se nasceu na época errada. Além do mais, a imagem do filme é incrível; as cenas de Paris fazem até quem nunca gostou da cidade sentir vontade de conhecê-la...

    Os personagens históricos são o maior trunfo do filme. Todos os atores conseguiram empregar um tom de humor e sátira às figuras caricatas dos escritores famosos, e eu destaco especialmente Tom Hiddleston (o Loki dos Vingadores) e Alison Pill na pele do casal Fitzgerald. Os dois tem uma química incrível, e mal eles aparecem no carro chamando Gil, a gente já sente uma enorme simpatia por eles.

    E o Ernest Hemingway é o grande coadjuvante dessa história. É até engraçado, porque nem parece que aquele personagem cativante e engraçado é o mesmo autor do melancólico livro O Velho e o Mar... Woody Allen como sempre surpreendendo. 

    Depois de ver esse filme, é normal que você fique louquinho para ir a Paris, esperando lá que um carro te pare e aquele escritor que você tanto gosta te convide para uma festa, em algum lugar do passado...

por Diego B. Oliveira

    

23 julho, 2013

Perfil: Jane Austen

    Jane Austen é uma das escritoras mais populares da atualidade.
    Mas, peraí... ela não tá morta há quase duzentos anos?
   Sim; a inglesa nasceu em 1775 e morreu em 1817. Então, deixa eu corrigir: Jane Austen é uma das escritoras mais populares de todos os tempos.
   Mesmo assim, convenci ela a fazer uma visitinha no quadro Perfil de hoje; fica com medo não, quem veio foi o espírito literário dela, hehe.


    Pra começar, ela era filha do reverendo George Austen e de Cassandra Leigh; foi a segunda mulher dentro de sete irmãos. Aos oito anos, ela e sua irmã Cassandra foram enviadas para um internato, onde recebeu educação; quando voltou do colégio interno, pôde ter acesso à biblioteca da família.

    Aos dezenove anos, a autora terminou seu primeiro livro, Lady Susan. Em 1797, já tinha concluído dois romances: Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito. Quando o pai dela os ofereceu à uma editora, foram rejeitados; a publicação só veio a acontecer em 1811 e 1813, respectivamente,  sendo assinados pelo codinome "uma senhora".

    A principal característica dos romances dela é a busca da mulher pelo casamento. Os seus livros são marcados pela ironia ao retratar alguns personagens; por mais que sua obra possa parecer simples e inocente, percebe-se nas entrelinhas uma critica à sociedade e aos seus costumes.

    Jane Austen nunca se casou, mas acredita-se que ela teve vários namorados durante sua vida. Morreu em 1817, aos 42 anos, vítima do mal de Addison, deixando inacabado o romance Sanditon.

     Vamos conhecer um pouco da obra dessa autora?

Orgulho e Preconceito (1813)


Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.






Razão e Sensibilidade (1811)





Este romance concentra sua narrativa nas idílicas tramas de amor e desilusão em que duas belas irmãs inglesas se envolvem - Elinor e Marianne Dashwood - quando chega a idade do casamento. À procura do amor verdadeiro, as filhas órfãs de uma família pertencente à pequena nobreza enfrentam o mundo repleto de interesses e intrigas da alta aristocracia. Marianne e Elinor representam polos opostos do universo ético de Austen - enquanto Marianne é romântica, musical e dada a rompantes de espontaneidade, Elinor é a encarnação da prudência e do decoro. 





Mansfield Park (1814)


A tímida Fanny Price vive desde criança com parentes ricos em Mansfield Park, uma bela propriedade no interior da Inglaterra. Com o tempo, aproxima-se de Edmund, único entre seus primos que compartilha sua paixão pelos livros. A chegada dos irmãos Henry e Mary Crawford à vizinhança encanta todos os habitantes de Mansfield Park – exceto Fanny, a única capaz de perceber a imoralidade dos recém-chegados. Dotada de uma fantástica ironia e uma incrível capacidade de observação, Jane Austen retrata a sociedade inglesa do início do século XIX. Com sua trama repleta de conflitos sentimentais e personagens frívolas, sonhadoras e ambiciosas, este romance destaca o triunfo da verdadeira virtude sobre as aparências. Esta edição de bolso teve tradução de Mariana Menezes Neumann.





Emma (1816)




Emma Woodhouse, uma jovem bonita, inteligente e encantadora, está decidida a jamais se casar. Ela já possui toda a fortuna e a independência de que precisa e sente-se perfeitamente satisfeita com sua situação, o que não a impede de se divertir planejando casamentos entre as pessoas que a cercam. Ao conhecer Harriet Smith, uma moça de status social mais baixo, Emma decide ajudá-la a encontrar um pretendente que seja um verdadeiro cavalheiro. Porém, a jovem descobre que interferir demasiadamente na vida dos outros pode por em risco a própria felicidade. Para garanti- la, Emma deve superar seus preconceitos e compreender melhor o que se passa em seu coração. Marcado pela inigualável ironia de Jane Austen e repleto de diálogos geniais, Emma é um retrato vívido da situação das mulheres na Inglaterra do início do século XIX.



Persuasão (1818)


O enredo deste empolgante livro gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence romper seu relacionamento amoroso. Anos após Anne reencontra Frederick, agora cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove. "Persuasão" é amplamente apreciado como uma simpática história de amor, de trama simples e bem elaborada, e exemplifica o estilo de narrativa irônica de Jane Austen, sendo original por diversos motivos, entre eles, pelo fato de ser uma das poucas histórias da escritora que não apresenta a heroína em plena juventude. O romance também é um apanágio ao homem de iniciativa, através do personagem do capitão Frederick Wentworth que parte de uma origem humilde e que alcança influência e status pela força de seus méritos e não através de herança. 


A Abadia de Nothanger (1818)

A Abadia de Northanger é considerado um dos trabalhos mais ligeiros e divertidos de Jane Austen. De facto, para além dos ambientes aristocráticos da fina-flor inglesa do século XVIII, encontramos aqui uma certa dose de ironia, sátira e até comentário literário bem-humorado.
Catherine Morland é porventura a mais estúpida das heroínas de Austen. A própria insistência no termo “heroína” ao longo da obra e a constatação recorrente do quão pouco este epíteto se adequa à personagem central fazem parte da carga irónica da história. E se Catherine é ingênua para lá do que seria aceitável, e o seu amado Henry a personificação de todas as virtudes masculinas mais do que seria saudável, a perfídia dos maus da fita - amigos falsos, interesseiros e fúteis – não lhes fica atrás no exagero. Tudo isto seria deveras irritante não fora o tom divertido com que Austen assume ao longo das duas partes que constituem este livro o quão inverosíméis são as suas personagens… 



    Todos os principais livros delas foram adaptados para o cinema, sendo algumas adaptações bem recentes. Destaque para Orgulho e Preconceito, de 2005, com a dupla Joe Wright na direção e Keira Knightley estrelando. É um dos meus filmes preferidos, além do mais, eu amo a Keira. 


    O livro Razão e Sensibilidade também ganhou, em 1995, uma belíssima adaptação com Emma Thompson (nossa querida Profª Trelawney), Alan Rickman (nosso grandioso Profº Snape), Kate Winslet e Hugh Grant. Com sete indicações para o Oscar, o filme venceu na categoria Melhor Roteiro Adaptado, pelo roteiro de Emma Thompson.



    Em 1996, a sempre linda Gwyneth Paltrow estrelou Emma, ao lado de Jeremy Northram, James Cosmo e o brilhante Ewan McGregor. O filme foi indicado a dois Oscar, e venceu em uma categoria.




    Se você ainda não leu Jane Austen, vale a pena ler; principalmente se você gosta do gênero romance. Afinal, ela é a mãe da forma moderna desse gênero. E a eterna mestra.

Fonte das Imagens: Google Imagens
Fonte das Sinopses dos Seis Livros: Skoob e Editora Record
.
por Diego B. Oliveira


22 julho, 2013

Tag: 5 Perguntas que Ninguém Nunca Faz Sobre a Literatura

    Essa tag interessante foi indicada pela Beatriz do blog Tem Alguém Aí?!. Tô respondendo meio atrasado, rsrs, desculpa, Beatriz... 


1)Qual escritor você odeia mas tem vergonha de assumir?

    Não é bem ódio... É algo inexplicável o que eu sinto por E. L. James. Acho que é só porque ela escreveu 50 Tons de Cinza mesmo, rsrsrs.

É.


2)Qual é o pior clássico da literatura brasileira?

    Olha, essa eu não sei responder, o Brasil tem ótimos clássicos. Mas eu confesso que não gosto muito das obras indianitas de José de Alencar. Por outro lado, do José mesmo, eu amo os livros Senhora e Lucíola...

Mesmo assim, é uma obra linda!


3)Se você pudesse namorar com alguma personagem de algum livro, com quem se relacionaria e por que?

    Com certeza com Hermione Granger. É minha personagem preferida de Harry Potter! Gosto muito do jeito nerd,  mandão e censurador dela nos livros (verdade, aliás, eu também adoro a Katniss, sério mesmo) e, além de tudo, a Emma Watson é linda, linda e linda ( a Jennifer Lawrence também!).

Cai fora, Rony!

4)Qual personagem da literatura seria sua inimiga mortal?

    Fenrir Lobo Greyback, aquele lobisomem louco de Harry Potter. Nem Dumbledore, que via o bem em todas as pessoas, rsrs, gostava dele. Geralmente eu gosto muito dos vilões, acho que um bom vilão é tudo, mas esse aí apareceu pouco e foi bem chato.

Isso que é um lobisomem!


5)Que livro você queimaria e rasgaria sem dó nem piedade?

    Olha, não vou mentir aqui: eu realmente teria coragem de fazer 50 Tons de Cinza virar cinzas... Pensei em Crepúsculo, mas vi que a saga dos vampiros até que fez um bem: fez muito brasileiro voltar a ler. Mas não consegui perdoar E. L. James, juro que tentei mesmo, desculpe.

Isso é uma gravata?

    Era para eu indicar essa tag para 5 blogs, mas preferi deixar ela em aberto. Então, se gostou e quiser responder em seu blog, fica a dica...
    
    Esse post acabou dando o que falar, rsrs. Gente, eu não odeio 50 tons de cinza, nem E. L. James, apenas quis responder as perguntas com humor e sinceridade, hehe, quis colocar tudo no tom da ironia...E, tipo, se alguém trocasse 50 tons por Harry Potter (que eu adoro!), eu acharia normal, afinal, as opiniões sempre divergem. Mas realmente fiquei muito feliz com as opiniões, de verdade mesmo, afinal, esse é o objetivo de quem escreve, ver o que escreveu sendo discutido, repensado, lido. Continue sempre contribuindo aqui nos comentários, saiba que isso é o que nos move a sempre escrever mais, a repensar novas ideias. Abraços!
por Diego B. Oliveira
   


21 julho, 2013

Os Deuses Gregos

    Desde pequeno, sou apaixonado pela mitologia grega. A culpa é de uma cara chamado Monteiro Lobato, hehehe. O fato é que sempre gostei desse universo mitológico, e tudo que tinha ele no meio me fascinava.
    Atualmente, com a ajuda de Rick Riordan e de Hollywood, a mitologia grega ganhou destaque e voltou em cena com tudo na cultura popular. Mas muitos ainda se sentem perdidos, não sabem muito bem quem é quem nesse mundo de deuses, monstros e heróis...
    Pra tentar ajudar um pouco, coloquei nesse post algum dos principais deuses e deusas gregos e seu papel no Olimpo. Apenas os mais famosos mesmos, pois essa cultura é muito rica de personagens, seria necessário um livro para explicar cada um deles...
    Quando Roma conquistou a Grécia Antiga, os deuses gregos sofreram uma transformação e mudaram de nome, se tornando deuses romanos. Por isso atendem à dois nomes: o grego e o latino (entre parênteses). 

    Você sabia que o nome dos planetas do Sistema Solar foram inspirados nos nomes latinos dos deuses do Olimpo?






Zeus (Júpiter): O mais poderoso dos deuses e o governante do Olimpo. É o senhor das chuvas e das tempestades, e sua principal arma são os raios.  É casado com sua meia-irmã Hera, e é também irmão dos deuses Poseidon e Hades.







Hera (Juno): A rainha do Olimpo e mulher de Zeus; é a deusa protetora dos casamentos. Extremamente vingativa, perseguia os heróis (também, né, a maioria deles eram filhos da traição de Zeus com alguma mortal...).









Palas Atena (Minerva): deusa da sabedoria, da justiça e imbatível em luta. Nem mesmo Ares, o deus da guerra, podia com ela, pois além de habilidosa nas armas, ela usava a estratégia a seu favor. Nascida da testa de Zeus, era a protetora dos heróis.












Poseidon (Netuno): é o irmão mais velho de Zeus e deus dos mares e oceanos. Morava no fundo do mar e, com uma sacudida de seu tridente, era capaz de convocar as mais temíveis ondas e tempestades. 










Hades (Plutão): irmão de Zeus e deus do Inferno, que também chamado de Hades. Apesar de ser um deus poderoso, não moravam no Olimpo. Era casado com a bela Perséfone, que passava seis meses com ele no Inferno e seis meses na Terra com a mãe.











Afrodite (Vênus): a mais bela das deusas, a deusa do amor e a mãe do famoso Cupido. Nasceu da espuma do mar. É casada com o feio deus Hefestos, mas já teve um caso com Ares, o deus da guerra, do qual nasceu Cupido.









Ares (Marte): filho de Zeus e Hera, Ares é o deus da guerra. Era o preferido de seu tio Hades, já que vivia mandando novas almas para o Inferno durante as lutas que travava.














Dionísio (Baco): é o deus beberrão, do vinho e da farra (e das festinhas universitárias, hehe). Filho de Zeus e de Sêmele, uma princesa de Tebas.













Hermes (Mercúrio): filho de Zeus com a deusa Maia, é o mais veloz e o mensageiro dos deuses. É o protetor dos viajantes, dos ladrões, dos trapaceiros, enfim, de todos os astutos. Era o responsável também por conduzir as almas ao Inferno.












Ártemis (Diana): deusa dos boques, da caça e da lua. Irmã gêmea do deus Apolo, usava sempre o arco e a flecha; desprezava a companhia dos homens, e preferiu se manter eternamente virgem. Protetora dos animais.










Hefestos (Vulcano): filho de Zeus e de Hera. Nasceu tão feio que a mãe o atirou do alto do Olimpo; mas Zeus teve dó do filho e o aceitou nos céus como ferreiro e construtor. Era ele quem fazia os raios de Zeus. Forjava suas peças no interior dos vulcões.









Apolo (Febo): era o deus da luz e dos raios solares. Os gregos acreditavam que ele era o próprio sol; montado em sua carruagem dourada, percorria todos os dias os céu até chegar ao horizonte, onde repousava e se preparava para o dia seguinte.







por Diego B. Oliveira



19 julho, 2013

Parceria #2: Valéria Schmitt

    E mais uma parceria de ouro! A escritora do livro Outono é a nova parceira do blog e, mais uma vez, eu só tenho o que comemorar. Afinal, estive lendo o seu livro recentemente e fiquei realmente surpreendido. A qualidade do texto, sua fluência, e mesmo a história... Mas é melhor eu parar de falar, hehe, logo tem resenha mesmo, bora deixar esse momento pra apresentar a autora e sua obra...

    
A Autora

    Valéria Schmitt é dentista e escritora brasileira, nascida em Pitangui, MG.
    Em 1989 graduou-se em Odontologia pela Universidade de Itaúna, e, desde então, tem escrito inúmeras publicações na sua área ou em outras áreas.
    Em 2008 publicou seu primeiro livro, "A Lei da Atração".
    De 2008 a 2010 escreveu para o Jornal Sétima Vila em Pitangui.
    Em 2009 escreveu seu segundo livro, "Muito Além do Passado", cuja história se passa na França do século XVIII e fala sobre o tema Terapia de Vidas Passadas.
    Em 2011 mudou-se para os Estados Unidos por seis meses, a fim de poder escrever "Outono" que é seu terceiro livro e seu primeiro trabalho para adolescentes.
    Outono foi traduzido para o inglês sob o título Magical Autumn e está disponível para venda em diversos países.
    Outono é o primeiro livro de uma série: Inverno, Primavera e Verão.


O Livro

    Carolina Jardim é uma adolescente que está tranquila e feliz com sua vida e sua escola em Pitangui, Minas Gerais, e não entende por que sua mãe insiste em querer comemorar seu décimo sexto aniversário com uma grande festa, enviando convites a todos os seus colegas e parentes.
    É claro que a notícia da festa e da popular banda contratada para tocar muda a forma como seus colegas se relacionam com ela na escola, incluindo Bernard, o jovem por quem ela tem uma queda. Durante a festa Carol conhece o lindo, mas enigmático Erick Tatcher, filho de um dos amigos de sua mãe. Ela também conhece uma mulher misteriosa, a venerável Ambrosina.
    Depois da meia-noite, todos os convidados de Carol foram embora e somente os amigos de sua mãe permaneceram, então houve uma revelação: Eles eram todos bruxos! Carol também era uma bruxa de imensurável poder que lhe tinha sido tirado logo após o seu nascimento.
    Ela também descobre que tem um poderoso inimigo a combater e derrotar - Hypollitus - um feiticeiro malvado capaz de tudo para conseguir mais Poder. E Carol é a única bruxa que pode derrotar esse monstro em uma batalha feroz.
    Através de sua luta para aceitar seu status diferente e tomar uma decisão sobre a aceitação de sua missão na vida, Carol amadurece deixando de ser uma garota socialmente desajeitada e tímida e se transformando em uma jovem mulher corajosa e forte, que ama intensamente e que encara a sua missão com coragem por causa do amor que ela descobre ter em seu coração por todos aqueles que dependem dela. Será que Carol vai conseguir derrotar Hipollytus e descobrir a verdadeira identidade de Erick no final?

18 julho, 2013

Resenha: A Volta ao Mundo em 80 Dias

    A resenha hoje é de um clássico da literatura. Não que eu só goste de ler livros antigos, nada disso, hehe. É que ainda estou atualizando a minha estante, e em breve espero estar resenhando os livros mais comentados do momento, os grandes lançamentos e, enfim, as obras atuais. Mas, de qualquer forma, tenho que concordar que, mesmo tendo vivido há quase dois séculos, Júlio Verne é um dos autores mais atuais que eu já li.




Autor: Júlio Verne
Editora: Melhoramentos
Páginas: 128
Nota do Peças: 4,5/5

Sinopse: A obra narra a história de Phileas Fogg, um inglês metódico e rico, que, durante um jogo de cartas com seus colegas do Reform Club de Londres, faz uma aposta sobre a possibilidade de se completar a volta ao mundo em apenas 80 dias. Para provar que isso era possível, parte ele mesmo, acompanhado apenas de Jean Passepartout, seu empregado recém-contratado, nessa surpreendente viagem. Os dois conhecerão vários lugares do mundo e viverão diversas aventuras.



"Por muito menos, quem de nós não daria a volta ao mundo?"

    Phileas Fogg é um típico cavalheiro inglês: pontual até o último segundo, extremamente organizado e com um senso de humor matematicamente medido. É o patrão perfeito para o francês Jean Passepartout que, após ter se arriscado nos mais diversos e extravagantes tipos de emprego, deseja apenas a paz e a tranquilidade de um metódico lar britânico.

    Todos os dias Fogg segue a mesma rotina: acorda cedo, faz a barba, toma o café da manhã e parte para o Reform Club, respeitado clube do qual é membro. Ali ele almoça, lê os principais jornais e, à noite, joga whist com os outros cavalheiros, enquanto debatem os principais assuntos do dia. E, exatamente à meia-noite, volta para casa.

    Em uma noite de outubro, entretanto, quando estão reunidos em mais uma partida de whist, a conversa recai sobre o grande roubo sofrido pelo Banco da Inglaterra alguns dias atrás. Fogg acaba comentando que, com as novas tecnologias e a facilidade com que o homem pode viajar atualmente, o ladrão poderia estar  agora em qualquer lugar do planeta. Afinal, pode-se hoje em dia dar a volta ao mundo em apenas 80 dias.

    Seus companheiros ficam espantados com aquela afirmação, que para a época era simplesmente absurda. Pondo em jogo boa parte de sua fortuna, entretanto, Phileas Fogg aceita fazer uma aposta, se comprometendo em dar a volta ao mundo exatamente dentro desse prazo. E, naquela mesma noite, parte para casa e ordena para um espantado Jean Passepartout que faça suas malas: os dois partirão imediatamente no próximo trem para fora de Londres.

    Assim começa uma das mais emocionantes viagens do mundo da literatura. Esse é um dos livros que eu mais gosto, não sei se porque foi um dos primeiros que eu li, ou se por ter me feito sonhar com lugares incríveis. O fato é que assim que terminei ele, realmente pensei que já conhecia o mundo todo. 

    E o livro é extremamente engraçado. Júlio Verne, o pai da ficção científica, que sempre escrevia livros sérios e até difíceis de entender, resolveu fugir um pouco à regra e acrescentar uma grande dose de humor à  esta história. Personagens como o detetive Fix, o empregado Passepartout e até mesmo o sempre fechado Phileas Fogg, se envolvem em situações embaraçosas que consegue arrancar risadas mesmo do leitor mais melancólico.

    E o amor? Ele aparece na forma da jovem indiana Auda, que foi salva da morte por Fogg e Passepartout, em uma surpreendente demonstração de coragem do cavalheiro inglês. Com o tempo, ela acaba despertando em Fogg sentimentos que ele nunca experimentara antes, e é a responsável pela principal transformação sofrida pelo personagem durante o decorrer do livro.

    E, para finalizar, Verne se mostra mestre na arte do mistério e guarda para o final do livro uma grande surpresa. Ele faz o leitor ficar com uma raiva mortal no último segundo para, logo depois, pregar uma de suas peças e fazê-lo sorrir, aliviado. É um livro para todos os gostos.

    Mesmo para quem não curte muito os clássicos, super recomendo esse livro. Afinal, ele é o precursor dos best-sellers modernos e, para mim, ainda não foi superado por nenhum outro no gênero.


por Diego B. Oliveira

17 julho, 2013

Cine Resenha: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain

     Após assistir a versão cinematográfica de O Código Da Vinci, acabei me apaixonando pela atriz Andrey Tatou, que interpreta Sophie Neveu no filme. Pesquisando a filmografia dela, descobri que ela já era internacionalmente famosa por interpretar a personagem-título de um filme de 2001 que eu nunca tinha ouvido falar: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Curioso – e apaixonado - corri atrás do filme e procurei assisti-lo o mais rápido possível. E tive uma agradável surpresa.
     




Filme: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
País/Ano: França, 2001
Gênero: Comédia
Duração: 122 min
Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, com Andrey Tatou, Mathieu Kassovitz, Rufus, Lorella Cravolta, Serge Merlin e James Debbouze.






   O filme começa de forma interessantíssima, com o narrador apresentando vários acontecimentos simultâneos – e aparentemente irrelevantes – à fecundação do óvulo que originará Amelie. Após isso, mostra o crescimento da garota, seu relacionamento com os pais e sua vida monótona sem amigos. Uma das cenas mais legais do início do filme é quando o peixinho – único animal de estimação de Amelie –, deprimido, tenta se suicidar. E o pior é que ele não consegue! Tanto que a mãe da garota, cansada de toda aquela história, resolve jogá-lo fora no rio.


    Amelie mal tinha contato físico com o pai. Por isso todo mês, quando ele fazia exames nela, ficava nervosa com aquele mínimo toque e seu coração acelerava. Isso fez com que seus pais acreditassem que ela tinha uma rara anomalia no coração, e acabaram privando-a de frequentar a escola e ter contato com outras crianças. E, para completar, Amelie se vê obrigada a lidar com a repentina e prematura morte da mãe em um acidente nada convencional.

    Tudo isso influenciou fortemente o seu crescimento e a forma como via o mundo e as coisas; Amelie passou a viver em um mundo interior completamente seu. Quando cresce, muda-se para um bairro em Paris, onde começa a trabalhar como garçonete. Um dia, porém, descobre uma caixinha com brinquedos e figurinhas no banheiro da nova casa, e descobre ter pertencido a um dos antigos moradores. Amelie toma uma decisão que vai mudar sua vida: vai encontrar o ex-dono do objeto e lhe devolver o pertence.

    Esse é o pontapé inicial para um dos filmes mais bonitos que eu já vi. Como devem ter percebido, trata-se de uma obra bem simples, com uma temática leve e atraente. Então por que o filme é tão bom? Porque depois de assistir apenas vinte minutos dele, não tem como você não se apaixonar por Amelie Poulain.

    É uma personagem divertida e bastante esquisita. Não, ela não é uma aberração de filmes de comédia; é uma mulher atraente, com um sorriso simpático e um olhar simplesmente encantador. Aparenta ter uma inocência quase infantil, mas na verdade consegue captar pequenos detalhes da vida capazes de tornar quem os compreende completamente feliz.

    Amelie percebe no filme que seu destino é fazer os outros felizes. Isso através de atitudes simples, como devolver a um velho seu brinquedo de sua infância... Unindo com algumas poucas palavras um homem e uma mulher que se viam todos os dias... E se vingando de um feirante que era maldoso com seu ajudante. Mas tudo começa a se complicar quando ela conhece o amor e se descobre apaixonada

    O Fabuloso Destino de Amelie Poulain é delicioso, atraente e, é claro, emocionante. Eu nunca tinha visto nada parecido antes, um filme que com sua calma consegue agitar a nossa alma, nos fazendo sorrir toda vez que Amelie abre aquele lindo sorriso e nos agitar todas as vezes que ela apressa o passo, decidida.
    E quanto à Andrey Tatou?

    Olha, eu simplesmente amo essa atriz.

por Diego B. Oliveira